O
desafio é a ilha
adormeço
sem
saber o nada
e
a respiração que ouço de mim
é
um círculo vazio
-
efêmero pulsar
que
a boca na espessura das sílabas
balbucia
firme quando tudo passa
Imóvel
folha como se não fosse
espiral
e branca
a
ilha
iminência
vaporosa
flutua
não
há outro ruído de vozes
como
se ali não as houvesse
cintilante
prodígio que se esvai
suavemente
persistindo
mas
não a alcanço com os meus braços
dissipo
o meu ócio
a
ilha
modela
as figuras
uma
a uma
no
tapete invisível resplandecem
sopro
as palavras sobre um abismo
que
as recolhe nervos e ossos
e
na limpidez
desaparecem
vazias
arfando,
olhar de lobo, exausto,
dissolvo
as minhas tensões nos maxilares
depois,
polido, estendo-lhe as mãos.
(José Carlos Sant Anna)
..no silêncio,
ResponderExcluiro silêncio fechado,
recolhido e morno
que a pele habita.
saudades